sábado, 15 de novembro de 2008

A cidade do medo

São Leopoldo está situada a 30 km de Porto Alegre, sendo considerada a segunda maior cidade do vale dos sinos, com 220 mil habitantes.
É uma cidade de grande porte, com diversas opções de diversão. Mas também está entre as mais violentas e perigosas do estado. Em 2001, pela proporção de habitantes, foi considerada a cidade mais violenta do país.
Hoje está em quarto lugar no número de homicídios do Estado, perdendo apenas para Porto Alegre, canoas e alvorada. São roubados e furtados do município cerca de 5 veículos por dia.
E a insegurança leopoldense não para por ai, arrombamentos a residência e assaltos a pedestres tornam-se cada vez mais comum, assim como o tráfico e o consumo de drogas. A população enfrenta ainda o medo da AIDS, que cresce cada vez mais devido à grande prostituição que assombra o munícipio.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Mal do Século



O consumo de drogas está aumentando assustadoramente em todo o país, sendo considerado o grande mau do século. Esse fato lamentável alimenta o tráfico, aumenta os assaltos e faz crescer o número de homicídios. Está comprovado cientificamente, que todos os tipos de droga são prejudiciais a saúde e causam dependência.
Atualmente o que está na moda e vem destruindo vidas e famílias, é o CRACK. Sua composição contém pasta de cocaína, ácido bórico e bicarbonato de sódio, substâncias altamente tóxicas.
A pedra de crack é sete vezes mais potente que a cocaína, em apenas 10 segundos seus efeitos já podem ser sentidos. Assim que fumada, a droga alcança os pulmões instantaneamente, entrando de imediato na circulação sangüínea e chegando rapidamente ao cérebro.
No entanto, a duração de seus efeitos é rápida, a sensação de prazer não passa de dez minutos.A pedra provoca estado de excitação, hiperatividade, insônia, perda de sensação do cansaço e falta de apetite. Pode produzir um aumento das pupilas, dor no peito, contrações musculares, convulsões e até o coma. No sistema cardiovascular os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode se elevar e o coração bater rapidamente levando a morte.
O valor pago por essa droga ajuda a aumentar o número de seus usuários, uma pedra de 0,5 gramas custa em média cinco reais. Os viciados geralmente são moradores de rua, ou pessoas pobres. Segundo o Soldado Rafael, da Brigada Militar de São Leopoldo, o consumo da droga na cidade é muito grande, principalmente à noite.
“De cada dez pessoas que abordamos a noite, pelo menos seis tem um cachimbo ou uma pedra. E nos bairros esse número é ainda maior, e entre os moradores de rua que encontramos na noite, todos tem pelo menos algum indicio de ser viciado.É fácil saber quem fuma, quem usa crack tem as pontas dos dedos queimados, por causa do tempo que ficam segurando o esqueiro para queimar a pedra”. O morador de Rua Pelé, 17 anos, é viciado em crack, e aceitou dar uma rápida entrevista:

- Há quanto tempo você usa drogas, e quando partiu para o crack?
“Eu uso desde quando tinha uns 9 anos. Comecei com a maconha, depois fui pro loló, e a uns três to na Pedra”.

- E há quanto tempo você mora na rua, e por quê?
“Sempre dormia na rua com meus amigos, fica um tempo fora depois voltava, quando tinha uns 11 anos fiquei de vez na rua. Em casa meu pai e minha mãe estavam sempre bêbados, brigando e me batendo. E eu era obrigado a pedir esmola para eles”.

- Como você consegue dinheiro para comer e se drogar?
“Eu quase nunca como... (risos), mas tem umas pessoas ai que me dão às vezes um prato de comida. Eu cuido de carro também ali no hospital, tudo o que eu recebo durante o dia, eu fumo a noite”.

- Você já roubou?
“Olha, não adianta eu mentir, já roubei e se precisar eu roubo de novo”.

- O que você roubou?
“haaa muitas coisas, rádio de carro, fio de luz, roupa de varal, foi tanta coisa que nem me lembro mais...”.

- E você já foi Preso?
“Me pegaram 5 vezes, mas como eu sou de menor não deu nada, só me bateram, e depois me levaram pro Conselho Tutelar”.

- Você pensa em largar as drogas?
“Não, ela é a única coisa que me dá prazer. A pedra tira minha fome e me deixa doidão, e também não dá pra largar assim. Todo mundo que conheço que fez tratamento, voltou para a pedra rapidinho”.

- O que você espera do futuro?
"Não espero muita coisa não, só quero viver o máximo que der e curtir.”


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Saiba mais sobre essa e outras drogas no site: http://www.antidrogas.com.br/

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Homicídios em Alta




Sair à noite em São Leopoldo tem tornado-se uma verdadeira aventura, além dos assaltos, tiroteios e execuções assustam a população. Os crimes são cometidos por toda a cidade, e principalmente à noite. O número de homicídios no município nunca estive tão alto, até o mês de outubro foram registrados 68 casos.A média está 9% maior do que o mesmo período do ano passado, e já supera o número de registros dos anos de 2002, 2004 e 2005.
Segundo dados fornecidos pela Polícia Civil leopoldense, os pontos mais críticos da cidade são os bairros Vicentina, São Miguel, Campina e Feitoria. 84% dos homicídios desse ano ocorreram no período da noite, dos 68 registros feitos até outubro, apenas 11 aconteceram durante o dia.
Em 80% dos casos, a vítima possui antecedentes criminais e está ligada ao consumo ou tráfico de drogas. Os crimes são planejados, e executados com emboscada, o que dificulta o trabalho preventivo das policias, resalta o inspetor Pacheco.
O comandante do 25° Batalhão de Polícia Militar, Tenente-Coronel Carlos Magno Schwantz Oliveira, confirma que a violência é crescente em determinados locais e horários em São Leopoldo. “Ações mais intensas estão sendo promovidas nos locais e horários mais críticos da cidade. Infelizmente não há muito que fazer com relação aos homicídios, em razão deles serem geralmente motivados por rixas ou acertos de contas”.
O bairro vicentina é considerado o mais violento, até o momento foram 12 assassinatos, todos com ligação ao tráfico de drogas. Morador do bairro há 28 anos, o pintor Francisco de Souza Silva, 52 anos, está apavorado com a violência do lugar.
“Nunca mataram tanto aqui no bairro como agora, é a maldita droga que está terminando com as pessoas. Eu só saio de casa para ir ao trabalho e mesmo assim vou me cuidando”. Mas não é só nos bairros que ocorrem os assassinatos, esse ano foram registrados três homicídios no centro da cidade.

Veja os números:

Fonte: Brigada Militar


sábado, 25 de outubro de 2008

O Preço que se Paga

É comum ouvir dizer que a prostituição é o trabalho mais antigo do mundo. Na atualidade ela é responsável muitas vezes pelo sustento de famílias inteiras. Em São Leopoldo essa antiga profissão não para de crescer, é normal ver mulheres e travestis ganhando a vida nas ruas. Este emprego é uma espécie de comércio, e o produto à venda é o próprio corpo. As negociações do sexo ocorrem muitas vezes durante o dia, mas é a noite que as profissionais invadem a cidade.

Na Rua Saldanha da Gama, Centro, está localizada a Praça da Biblioteca. Durante o dia ela é repleta de crianças e pessoas que buscam sossego, mas a noite o cenário é outro. Travestis usam o espaço para prostituir-se e consumir drogas. Após o por do sol a população evita passar por lá, e o local ficou conhecido como “A Praça dos Travestis”.

O Bairro Rio dos Sinos é outro forte ponto de prostituição. Seus principais acessos, a Rua Dr. Hildebrandt e a Avenida Caxias do Sul, são constantemente procurados por homens que buscam prazer. O cenário é lotado por profissionais do sexo que trabalham dia e noite. As esquinas são disputadas pelas mulheres como se valessem de ouro.

Quem procura os serviços não pode reclamar da falta de opções, tem para todos os gostos. O lugar é rodeado por motéis baratos, o que facilita a prostituição. Praticamente todas usam drogas e bebem para aquentar o árduo trabalho, que começa cedo por volta das 11 horas, estendendo se até a madrugada. À noite o bairro torna se violento, o tráfico e o consumo de drogas aumentam, assim como os assaltos.

AV. Caxias do Sul

Bianca é prostituta há 9 anos, e a sete faz ponto na Rua Dr. Hildebrandt. Ela não pensa em mudar de profissão e diz ganhar por semana até R$ 500,00, trabalhando de terça a sábado, das 15 às 23 horas. Em um dia ela chega a fazer cinco programas, a um valor de R$ 25,00 cada.
“Quando eu tinha 15 anos comecei a trabalhar em um super mercado como empacotadora, trabalhava feito uma escrava e recebia uma miséria. Agüentei um ano e sai, daí uma amiga me convidou para ir trabalhar em uma boate, fiquei lá dois anos e depois vim pra cá. Essa vida é difícil, muitas vezes é perigosa, eu mesma já fui roubada, já apanhei, e sem falar no risco que tu corre em pegar uma doença, tenho muitas amigas com AIDS. Mas mesmo assim vale a pena, emprego nenhum paga o que eu ganho aqui. Eu consegui compra um carro, uma casa, e ainda sustento uma filha de 3 anos sozinha”.

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sábado, 18 de outubro de 2008

Revivendo o Passado

O ex-guitarrista da Legião Urbana Dado Villa-Lobos e a banda Jardim de Cactus, agitaram a noite leopoldense no último sábado. O cantor está realizando o Tour Jardim de Cactus e os Grandes Sucessos da Legião Urbana.
A apresentação ocorreu no dia 11 de outubro, às 21 horas, no Anfiteatro Padre Werner na UNISINOS. Dado está começando uma nova fase em sua carreira, o até então guitarrista está agora se tornando cantor.
O Anfiteatro ficou praticamente lotado e o show foi embalado por muito Rock and Roll. O público pode cantar e relembrar clássicos da Legião Urbana, como Será, Que país é esse, Geração Coca-Cola e Índios. Após o show, a platéia eufórica aplaudiu em pé os músicos, que continuam o Tour pelo país.
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Veja as Fotos do Show:
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